Uma simples pedalada de Domingo?

Estava tudo pronto para uma pedalada do outro lado do rio. Pegaríamos a balsa do São Raimundo bem cedinho só com as bikes. O pai do Wesley seria responsável pelo deslocamento da equipe em Manaus no famoso Pickapão. Só que um imprevisto de última hora fez com que a missão fosse abortada e reagendada para o próximo domingo.

Mas nem tudo estava perdido, ainda seria possível dar uma pedalada por aí. Allan e Bruno combinaram de ir até a Ponta Negra. Ainda convidaram o Tulio, mas ele não tava muito na pilha de pedalar pelo asfalto.

Allan com sua pontualidade britânica chegou com mais de meia hora de atraso :-) Prepararam tudo e saíram às 9 da matina do Parque dos Ingleses num domingo ensolarado em Manaus.

Para fazer um reconhecimento da área da última corrida de orientação, resolveram pedalar por dentro do Cirman. Saindo do Cirman, esticaram até a Ponta Negra em aproximadamente 30 minutos (mesmo possuindo um super monitor de batimento cardíaco, calorias gastas, distância percorrida, o Allan esqueceu de acionar o cronômetro. A 2a mancada do dia :-)).

Deram uma volta pela ciclovia da Ponta Negra e partiram em direção à Estrada do Turismo, onde reabasteceram-se com água de coco e água mineral. O sol apertava, mas a pedalada continuava aprasível.

Contudo, aventureiro que é aventureiro não se contenta com uma simples pedalada. Quando chegaram próximo ao aeroporto, o Allan se lembrou de uma prova de orientação que ele correu na área em frente ao Eduardinho (ufa!!! finalmente uma bola dentro dele!!!). Descobriram uma trilha e desceram em ritmo de reconhecimento. Encontraram alguns moradores que indicaram o caminho até a comunidade que existia no final da trilha e também explicaram como chegar em outros pontos da região.

Allan com sua memória visual impressionante (agora tá 2x2) se lembrou de toda área e rumaram para uma trilha que levaria à saída, novamente em frente ao aeroporto.

Pelo meio do caminho, mais uma moradora foi encontrada. Perguntada se seria possível atingir o aeroporto pelo caminho escolhido, ela não titubeou e afirmou: "Não dá pra ir por aí. A mata tá muito fechada." Só que ela não sabia quem estava diante dela... Os mitos da orientação em Manaus, Allan Bezerra e Bruno Leite. Para eles não existe caminho fechado e nem trilha intransponível.

Continuaram, desceram uma ladeira enorme e chegaram no... NADA!!! A trilha acabava. Mais uma vez recorreram à memória visual do grande orientista da galera, Allan. E foi aí que ele virou o jogo. Pulou uma cerca, andou atrás de um muro e descobriu a tal trilha que os levaria a seu objetivo. Com alguma dificuldade passaram as bikes pela cerca, andaram alguns metros em mata fechada e alcançaram a trilha. Empurraram os camelos trilha acima e chegaram no areal que o Allan tinha na mente. Daí foi só transpor o areal e pegar o restante da trilha do outro lado. Bingo!!! Agora era só descer em direção à estrada. Depois de quase 1 hora, onde muito estariam perdidos, os 2 desbravadores mapearam toda a região e descobriram algumas trilhas interessantes (é bem verdade que a maioria é dentro de propriedades privadas e áreas da Infraero).

Chegando no aeroporto, foi só ir em direção à Torquato e pedalar de volta ao Parque dos Ingleses. Um pouco depois do meio dia, os dois estavam de volta. Para comemorar um Gatorade bem gelado e esperar a 2a feira chegar pra contar a história para os que não foram.

Com esses dois, nenhuma pedalada pode ser classificada como simples!!! :-)

Abaixo segue a imagem do Google Earth indicando o caminho percorrido.